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  • Foto do escritorNatan Bregalda

Vegetação para interiores: saiba qual planta é a ideal para a sua casa e os cuidados necessários



O uso de plantas no interior das edificações é uma prática muito observada em vários ambientes, sobretudo residenciais. Além de bonitas e agradáveis, elas enriquecem o espaço com suas diferentes cores, texturas, tamanhos e formas.


A partir do momento em que você incrementa a vegetação no seu ambiente de estar, lazer ou até mesmo trabalho, você não está somente decorando aquele espaço. Estudos já provaram que o contato com a natureza estabelece estímulos neurais responsáveis por reduzir a pressão arterial, desenvolvendo um estado de bem estar e diminuição do estresse.

Além disso, o processo natural de fotossíntese das plantas acaba por filtrar o ar do ambiente. Apesar de ser em pequena escala, a absorção de gás carbônico e outras toxinas presentes no ar é consideravelmente eficiente, pois ao mesmo tempo em que faz isso, libera oxigênio e também umidade, mitigando o efeito de altas temperaturas e do tempo extremamente seco.


Um outro aspecto muito interessante, também, é o tom biofílico que as plantas vêm a agregar ao ambiente. Assim como na natureza, as plantas estão sempre em movimento e mudança. No decorrer das estações algumas espécies podem sofrer alterações no seu porte e comportamento, vindo, possivelmente, a perder ou trocar a cor de suas folhas, gerar flores e criar ramos. Essa constante e natural adaptação às estações do ano, ou um simples toque do vento nas folhas, movendo-as faz com que o ambiente em que elas estão inseridas seja palco do fenômeno, não permanecendo sempre igual, monótono, e consequentemente cansativo.


Somado a isso está o fato de que o simples e necessário ato de regá-la periodicamente e observar seu desenvolvimento, pode proporcionar uma atividade lúdica e prático-experimental para crianças. Isso se deve à exploração do senso de afeto, responsabilidade e cuidado da criança, fazendo com que sejam trabalhados e reforçados regularmente.

Contudo, existem alguns fatores que devem ser levados em consideração na hora de escolhermos quais plantas colocar em ambientes internos.


LUMINOSIDADE


Um dos elementos indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento das plantas é a luz do sol. Isso porque cada célula vegetal que forma a planta é dotada de organelas armazenadoras de clorofila. Essa clorofila é responsável por captar a luz do sol e auxiliar na realização da fotossíntese – processo em que a planta produz o seu próprio alimento. Contudo, nem todas as plantas toleram os mesmos níveis de insolação e é muito importante saber qual é seu comportamento para posicioná-la num local adequado dentro de sua casa.


É possível classificar as plantas quanto ao seu suporte de luz: plantas de sol pleno, plantas de meia-sombra e plantas de sombra.


As plantas de sol pleno geralmente são mais resistentes, por isso deve receber cerca de 8 horas diretas de sol diariamente. O ideal é que elas sejam plantadas a céu aberto, onde ocorra a incidência de sol regularmente, como uma sacada, ou em um vaso que fique próximo a uma janela também iluminada. Por causa de toda essa exposição ao sol, elas perdem água nos seus processos fisiológicos muito mais rápido que as outras plantas, por isso devem ser regadas com maior frequência.


Já as plantas de meia-sombra toleram até 4 horas de sol incidente. O ideal é que sejam posicionadas em locais iluminados, sim, mas não onde receba luz direta por muito tempo. Além dos quartos, que são locais interessantes de colocar esse tipo de planta por geralmente não serem muito abertos, é interessante coloca-las em paredes opostas às janelas. Cômodos que recebem a luz do sol pela manhã, menos intensa que durante a tarde, pode receber essa planta em exposição direta.


Contudo, as plantas de sombra não sobrevivem na sombra. A nomenclatura quer dizer, na verdade, que elas precisam de no máximo 2 horas de luz diariamente. Por receberem pouca exposição ao sol, elas perdem menos água e por isso podem ser regadas com menos frequência. Banheiros e cozinhas, locais que não possuem aberturas grandes e consequentemente são menos intensamente iluminados podem receber essas plantas normalmente.


FRIO


Assim como calor e luz em excesso, temperaturas baixas também podem ser prejudiciais às plantas, principalmente no sul do Brasil, onde a ocorrência de geadas é muito forte.

É interessante que em dias assim, você recolha suas plantas para dentro de casa, caso tenha-as em uma sacada por exemplo. Se não for possível, cubra-as com um pano ou uma caixa de papelão.


Em casos assim, é importante que as folhas da planta não fiquem em contato com o material que está cobrindo-a, pois, ao estar em contato direto com o ar frio, ele pode vir a congelar também, e, consequentemente, provocar queimaduras por frio na planta, principalmente se estiver usando um pano ou tecido.

Para isso não acontecer você pode criar uma estrutura bem simples usando algumas estacas que servem de apoio temporário para cobrir a planta, temporariamente, nestas ocasiões.


TOXICIDADE


Algumas plantas possuem um nível considerável de toxicidade. Isso não quer dizer que elas não devem ser usadas dentro ou fora de casa. Apenas deve-se tomar cuidado em não deixa-las expostas em fácil acesso, principalmente se houverem crianças ou animais de estimação na casa. Nestes casos, é interessante colocá-las sobre estantes, balcões ou até mesmo suspensas.


Essas são as principais dicas que você precisa atentar na hora de escolher qual planta usar na sua casa, jardim ou escritório.


ÁGUA

É muito importante que você não se engane em fornecer água em excesso à planta. É muito mais fácil e rápido recuperar uma planta que está secando do que uma que está recebendo muita água. Isso acontece porque o solo que está muito úmido acaba fazendo com que as raízes iniciem um processo de apodrecimento, muito mais difícil de reverter – e em alguns casos, impossível – do que uma raiz desidratada.


DICAS DE CUIDADO


Apesar de todos esses parâmetros que foram descritos acima, deve-se lembrar que as plantas são seres vivos e, assim como todos os seres vivos, cada uma pode possuir um comportamento diferente, até mesmo sendo da mesma espécie. Portanto, observe se a cor das folhas condiz com a época do ano, observe se o crescimento está rápido ou lento, se as folhas estão sofrendo deformações e se a cor continua uniforme ou na variação normal da espécie. Caso você observe algo de estranho, pode ser um sinal de que a planta está sofrendo influências fortes do local e que isso está interferindo no seu metabolismo e fisiologia.


É importante salientar que plantas não gostam de mudar de ambiente com frequência – seja de lugar na casa ou de vaso. Cada mudança inicia um novo período de adaptação da planta ao local, principalmente se as mudanças forem radicais. Quando constantes, essas adaptações não darão lugar às funções fisiológicas da planta, fazendo com que ela venha a ter um crescimento e desenvolvimento retardado.


Contudo, girar o vaso, mantendo-o na mesma posição é uma prática interessante. Já notou que sua planta está crescendo torta ou pendida em alguma direção? O nome desse fenômeno é fototropismo e ele pode alavancar a direção de crescimento da planta a favor ou contra o recebimento de luz. Girar o vaso faz om que todas as folhas recebam luz de forma periódica e intercalada, retardando ou anulando esse efeito e provocando um crescimento uniforme.

Percebe como cada planta possui uma particularidade? Porém sempre haverá uma que se encaixa perfeitamente no seu ambiente de trabalho, casa ou jardim e tem um grande potencial em deixa-lo ainda mais bonito e aconchegante. Tem vontade de redesenhar um ambiente de forma natural e orgânica? Entre em contato conosco para uma Arquitetura de Interiores!



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